Resultado é o melhor para o período em 5 anos, divulgou Ministério da Economia

BRASÍLIA

O Brasil registrou abertura de 173.139 vagas formais de emprego em fevereiro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Ministério da Economia.

O índice positivo veio acima das estimativas de analistas consultados em pesquisa Reuters, que projetavam criação líquida de 82 mil postos de trabalho.

O saldo é mais do que o dobro do registrado no mesmo mês de 2018, quando foram abertos 61.188 novos postos com carteira assinada. Segundo a pasta, o resultado do último mês é o melhor para o período desde 2014.

Com a abertura dessas vagas, o número total de postos chegou a 38,6 milhões, uma alta de 0,45% em relação a janeiro. 

De acordo com o ministério da Economia, o resultado está relacionado em boa parte à maior geração de empregos nos setores da Indústria de transformação e construção civil, nos quais a retomada do crescimento se mostrava mais lenta que nos setores de serviços e comércio.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que a recuperação das vagas formais em 2019 deve seguir no mesmo ritmo.

"Há uma sinalização de que a retomada dos empregos será consistente", comentou o secretário.

Dos oito setores econômicos analisados, sete deles apresentaram comportamento positivo, com destaque para o segmento de serviços, que abriu 112.412 vagas.

"Esse número de empregos gerados no mês de fevereiro, que foi bem acima até do que o próprio mercado previa, é uma demonstração das mudanças propostas na economia no governo de Bolsonaro."

A indústria de transformação também se destacou e registrou abertura de 33.472 novos postos de formais. O único saldo negativo veio da agropecuária, com redução de 3.077 vagas.

Os dados apontam um saldo de 4.346 postos de trabalho na modalidade intermitente, e 3.404 na parcial. As maiores gerações de vagas de trabalho intermitente ocorreram nos setores de serviços (2.311) e comércio (973).

A melhora no emprego foi verificada em quase todas as regiões do país. Com exceção do Nordeste, cujo número de postos recuou 12.441, todas as outras áreas apresentaram crescimento, com destaque para o Sudeste e o Sul.

Folha de S.Paulo


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