Relatório mostra que desigualdades persistem no Estado, apesar de pequenos avanços



O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) divulgou, ontem, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No Paraná, o estudo mostra que as desigualdades de raça e gênero persistem, apesar de pequenos avanços. O IDHM da população negra no Estado subiu para 0,690 em 2010, bem acima dos 0,562 de dez anos antes. Uma evolução notável, mas é impossível não deixar de notar que a qualidade de vida dessa parcela da população tem praticamente uma década de atraso em relação aos brancos, cujo índice em 2000 era de 0,673 e chegou a 0,773 em 2010.

Segundo o coordenador do estudo do Ipea, Marco Aurélio Costa, em relação a cor e sexo, a cor é um conjunto de indicadores pior que o de gênero. “A diferença dos dados da população negra para população branca é maior que a diferença de homens e mulheres. Isso chama a atenção e coloca uma demanda para as políticas públicas”, afirmou.
De acordo com o relatório “Desenvolvimento Humano para Além das Médias”, no intervalo de uma década a taxa de crescimento anual do IDHM da população negra foi de 2,3%, ante 1,5% dos brancos, 1,9% das mulheres e 1,5% dos homens.




Fonte: Bem Paraná, 11 de maio de 2017.