Assessores avaliam que fica mais difícil de negociar a inclusão de mais produtos na lista de exceções divulgada na semana passada. O Brasil buscava principalmente proteger café e frutas do tarifaço neste momento.

Segundo assessores de Lula, eliminar a lista de exceções seria a pior medida para o Brasil, mas eles acreditam que isso não acontecerá. Isso porque a lista de exceções – que inclui aeronaves civis (como as produzidas pela Embraer), suco de laranja, ferro-gusa, celulose e madeira, entre cerca de 700 produtos – foi criada a partir de negociações com empresários americanos preocupados com os efeitos negativos do tarifaço na economia dos Estados Unidos.

Separação entre poderes

A expectativa é que a conversa ocorrida entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, tenha surtido o efeito de separar o governo federal das decisões do Supremo Tribunal Federal.

Na conversa, ocorrida na semana passada, o chanceler brasileiro destacou que há independência do Judiciário prevista na Constituição brasileira e o governo federal não tem poder sobre ele.

Assessores presidenciais avaliam que os bolsonaristas provocaram a decisão de Alexandre de Moraes para criar um clima ainda mais tenso no país. Neste domingo (3), apoiadores do ex-presidente realizaram manifestações pedindo anistia a Bolsonaro e defendendo a decisão de Donald Trump de aplicar sanções contra o ministro do STF.

Prisão domiciliar

A equipe presidencial agora vai aguardar os sinais que virão da Casa Branca com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro por causa do descumprimento das medidas cautelares.

Na ocasião, ele participou por telefone, a partir de ligações do filho Flávio Bolsonaro e do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) das manifestações no Rio e em São Paulo.

Moraes disse que o STF não iria admitir o desrespeito às medidas cautelares. E repetiu a frase de sua decisão anterior: a Justiça é cega, mas não é tola.

Além da prisão domiciliar, ele restringiu as visitas ao ex-presidente, que devem ser limitadas a seus advogados, e que terão de ter autorização do Supremo. Bolsonaro, até então, podia trabalhar entre 7h e 19h. Agora, terá de ficar recolhido em tempo integral na sua residência.


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