O desmatamento caiu 32,4% em 2024 em todos os biomas do Brasil, segundo relatório do MapBiomas divulgado nesta quinta (15). É o segundo ano seguido de redução, com destaque para a Amazônia, onde a queda chegou a 54%. Ainda assim, a destruição de vegetação nativa segue alta.
O Cerrado liderou as perdas, com mais de 652 mil hectares devastados. A área total desmatada no país em 2024 se concentra principalmente em cinco estados: Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Pará, que juntos respondem por 65% da destruição.
Meta ambiental desafia governo
A redução reforça o discurso do governo Lula sobre preservação ambiental. A meta é de zerar o desmatamento até 2030. O tema será central na COP30, marcada para novembro em Belém.
Veja os resultados por bioma:
- Cerrado: Teve a maior área desmatada: 652.197 hectares. A região do Matopiba concentrou 75% da destruição.
- Amazônia: Perdeu 377.708 hectares, mas viu a degradação florestal crescer 163% em dois anos. O Acre aumentou em 30% seu desmate.
- Caatinga: Registrou o maior alerta individual: um imóvel no Piauí devastou 13.628 hectares em três meses.
- Pantanal: Teve 23.295 hectares desmatados, o equivalente a 1,9% da área total perdida no país.
- Mata Atlântica: Perdeu 13.472 hectares (1,1% do total). O relatório destaca influência de extremos climáticos.
- Pampa: Apareceu com o menor índice: 896 hectares, apenas 0,1% da perda nacional.
Mais de 97% da vegetação desmatada entre 2019 e 2024 foi para uso agropecuário. A mineração, embora menor em área, responde por 99% das perdas na Amazônia. Em seis anos, o país perdeu quase 10 milhões de hectares de vegetação nativa, área equivalente à Coreia do Sul.
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