A fraude nos cartões de vacinação de Jair Bolsonaro e sua filha Laura Bolsonaro foi uma ordem do ex-presidente, segundo o tenente-coronel Mauro Cid. A informação é do portal Uol. Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid relatou que o então ocupante do Planalto o mandou confeccionar falsos certificados de vacinação para ele e sua filha, de acordo com a reportagem.

Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal em 3 de maio por suspeita de ter falsificado os cartões de vacina. A investigação indica um esquema para alterar os dados do ex-presidente nos registros do Ministério da Saúde para permitir a emissão de um certificado atestando que Bolsonaro e a filha se vacinaram contra a covid-19 — o que nunca aconteceu, segundo o próprio Bolsonaro.

Mauro Cid emitiu os certificados em 22 de dezembro de 2022. Segundo afirma a matéria do Uol, o militar diz ter entregado os falsos comprovantes para Jair Bolsonaro em mãos, pouco depois. Bolsonaro deixou o país em 30 de dezembro, seu penúltimo dia de mandato presidencial, e seguiu para os Estados Unidos. Na época, o país exigia o comprovante de vacinação contra a covid-19 para permitir a entrada no país. A PF investiga se essa restrição foi o motivo para a emissão dos comprovantes falsos.

O relato de Mauro Cid contradiz a versão apresentada por Bolsonaro. Em 16 de maio, o ex-presidente afirmou em depoimento à PF nunca ter tomado conhecimento de uma fraude nos cartões de vacinação.

O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, publicou uma mensagem na rede social X (ex-Twitter) a respeito do caso: “Chance zero”. Segundo ele, nem Bolsonaro nem sua filha precisavam apresentar o comprovante para entrar nos EUA — ele por ser um chefe de Estado na época, ela por ser menor de idade.

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