Sindicalistas de várias Centrais ocuparam sexta (22) o vão livre do Masp, na avenida Paulista, principal centro financeiro de São Paulo, com ato #PrimaveraDeLutas. O primeiro dia da estação foi escolhido para marcar a luta da classe trabalhadora em defesa do emprego e contra as maldades das “reformas” trabalhista e previdenciária.

Dirigentes das Centrais promovem "Primavera de Lutas" na Paulista

                          

Além de flores, os ativistas distribuíram o manifesto "Pelo emprego e em defesa do futuro do nosso povo", assinado pelas Centrais sindicais. O documento destaca a importância da unidade do movimento sindical e valorização do trabalho com geração de emprego.

"No Brasil não há espaço para modelos econômicos focados na financeirização e na privatização de suas riquezas. A redução dos juros é importante, mas sem a ampliação dos investimentos públicos e privados no setor produtivo nacional ela torna-se mero adjetivo. Precisamos de ações mais consequentes que promovam o desenvolvimento e a geração de empregos e que levem em conta os anseios da nação e suas necessidades mais emergentes. Somente com desenvolvimento real e inclusivo recolocaremos o País nos rumos de uma sociedade mais igual e humana", diz o texto.

Adilson Araújo, presidente da CTB, distribui rosa aos cidadãos

                            

A manifestação aconteceu simultaneamente em sete Estados, destacando os direitos sociais e trabalhistas e a valorização do trabalho, da soberania e da indústria brasileiras.

O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo, lembrou que a referência à primavera neste momento é muito simbólica – já que é preciso "apostar na esperança e na mudança".

"O Brasil vive uma profunda instabilidade política. É no curso dessa instabilidade que a sociedade vem tomando conhecimento dessa realidade e reagindo. Nós estamos agonizando o drama da crise política. Nós buscamos uma saída que propicie a geração de emprego e a retomada do desenvolvimento. Essa unidade das Centrais segue nessa direção", afirma.

Juruna, Adílson e Sargento

                        

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), o ato serviu para o movimento sindical agitar suas bandeiras e chamar toda a sociedade a participar da empreitada pela retomada do desenvolvimento econômico e a recuperação dos empregos.

“Acho que é fundamental as Centrais Sindicais seguirem unidas, porque muitos assuntos ainda serão debatidos. Nós temos no Congresso Nacional duas pautas: a trabalhista e vai entrar a da Previdência. As Centrais sindicais unidas e os Sindicatos em mobilização são quem podem garantir nossos direitos", enfatiza Juruna.

                   

Fonte: Agência Sindical, 25 de setembro de 2017

                               


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