Por Chiara Quintão, Valor

As indústrias de materiais de construção vivem, nos últimos meses, momento de forte demanda por seus produtos. O impulso foi dado pela concessão do auxílio emergencial de R$ 600 a uma parte da população e pela destinação de parcela maior dos gastos das famílias a suas casas.

Com o aumento dos pedidos feitos pelo varejo às indústrias, os prazos de entrega cresceram. Ao mesmo tempo, fabricantes de materiais têm feito reajustes de preços com o argumento de que é preciso repassar, ainda que parcialmente, as altas de custos das matérias-primas.

Há expectativa de continuidade do aumento da demanda por materiais tanto pelo varejo quanto pelas construtoras. O volume de lançamentos imobiliários voltou a crescer, principalmente em São Paulo — maior mercado imobiliário do país.

O marco regulatório do saneamento foi aprovado e o governo anunciou, recentemente, o Casa Verde Amarela, programa habitacional que substitui o Minha Casa, Minha Vida, incluindo pontos como regularização fundiária.

Segundo incorporadoras ouvidas pelo Valor, por enquanto, não há expectativa que os prazos maiores para recebimento de materiais resultem em atrasos de obras, e a preocupação se concentra na pressão de custos.

Neste ano, de acordo com uma incorporadora, os preços do cimento aumentaram 30%; os de concreto, 20%; os de aço, 25%; os de vidro, 22% e os de perfil metálico para fundação, 62%.

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