Anderson Coelho
                                                

A 12ª Feira de Imóveis de Londrina/Feirão da Caixa movimentou R$30 milhões em negócios encaminhados pelo financiamento da Caixa Econômica Federal nos três dias de feira. Já o volume de negócios prospectados foi de R$150 milhões pelas construtoras e imobiliárias que tiveram seus produtos expostos no Centro de Eventos do Shopping Catuaí. A feira recebeu cerca de 4.500 visitantes que tiveram oportunidade de pesquisar preço nos estandes onde foram ofertados mais de 4.000 imóveis, entre novos e usados. 

O superintende regional da Caixa, Wlademir Roberto dos Santos, comemorou os números e as expectativas atingidas. "Esse resultado é um sinal da recuperação da nossa economia e aqui na feira o consumidor teve a oportunidade de fazer um bom negócio ao comparar os preços e as opções". 

Ele explica que a maioria dos negócios são de imóveis que se enquadram no Programa Minha Casa Minha Vida, ou seja, com juros a partir de 5% ao ano com valor de até R$190 mil, destinados a famílias com renda até RS7 mil. "É preciso deixar claro para a população que temos quatro linhas de crédito, todas foram ofertadas aqui", ressaltou. 

A Caixa é a principal financiadora imobiliária do País com 67% do market share. O superintende citou que a novidade nessa edição foi a Pró-cotista, que é uma linha de crédito para imóveis mais caros, para quem tem recursos de no mínimo três anos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) , considerando registro de trabalho ativo.

                            

CASA PRÓPRIA 

O organizador da feira, Sergio Takao Sato, da Tasa Eventos, explicou que a crise econômica não atrapalhou o feirão porque Londrina, por se uma cidade universitária, atrai muitos investidores. "São pais que acabam investindo no imóvel para esse estudante morar e tem também aqueles jovens recém-casados que querem conquistar o sonho da casa própria", avalia. 

Takao estima que em Londrina existe um universo de 6 a 9 mil pessoas em busca de imóveis para comprar. "Em cada cidade que organizamos o feirão temos em torno de 1% a 1,5% de pessoas a procura de investimento em imóvel", informou. 

O perfil dos visitantes ouvidos pela FOLHA, em geral, era de casais entre 20 e 40 anos de idade em busca do primeiro imóvel. Foi esse sonho pela casa própria que levou a professora Tatiane Martins e o personal trainer João Renato Martins a fechar negócio neste domingo. No sábado percorreram os estandes e voltaram no dia seguinte com a documentação para dar entrada num apartamento na região oeste de Londrina. "Conseguimos uma boa negociação para compra de um imóvel na planta, ou seja, parcelar a entrada e fechar parcelas que cabem no nosso bolso e conquistar nosso primeiro apartamento", explicou a professora. 

Numa busca minuciosa o casal de designers Fabio Osti e Carolina Okano percorreu vários estandes do feirão na busca de um apartamento pronto para morar. "Não queremos financiar, juntamos um valor e queremos a melhor oportunidade de negócio", contou Fabio. Ele explica que pelo fato de estarem com dinheiro na mão conseguem negociar melhor o preço, entretanto estavam com mais dificuldade de encontrar imóveis no Centro de Londrina: " A feira por contar com várias construtoras e imobiliárias em um só lugar facilitou bem a nossa busca", completou.

                          

Fonte: Folha de Londrina, 26 de junho de 2017