País não registrava alta de três dígitos desde 1991, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos.

Por g1

A inflação da Argentina chegou a 102,5% no acumulado em um ano, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) do país nesta terça-feira (14).

É a primeira vez em mais de 30 anos que o índice de preços do país supera a barreira de três dígitos, atingindo o maior patamar desde setembro de 1991.

A alta mensal foi de 6,6%, registrada em fevereiro. Nos dois primeiros meses de 2023, a inflação argentina acumulou um avanço de 13,1%.

O país já vinha enfrentando um cenário de juros muito altos. Nos 12 meses encerrados em 2022, o índice de preços atingiu os 94,8%.

"Os dados de inflação de fevereiro são, sem dúvida, muito ruins. Em especial, em fevereiro o impacto da carne foi muito forte, que subiu 19,5% devido à intensa estiagem que estamos passando", afirmou, em comunicado, o secretário de Política Econômica da Argentina, Gabriel Rubinstein.

O resultado, considerado negativo, ocorre em ano eleitoral. As eleições na Argentina para presidente, governadores e legisladores serão em outubro de 2023.

Até agora, a inflação mensal mais alta durante a gestão do atual presidente argentino, Alberto Fernández, foi registrada em julho de 2022, quando atingiu 7,4%. Trata-se do maior patamar desde abril de 2002, quando o índice de preços chegou a 10,4%.

G1

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