Os discursos mais duros de autoridades dos principais bancos centrais do mundo e o risco fiscal em torno da disputa presidencial ditaram o ritmo dos negócios
Por Igor Sodré e Gabriel Roca, Valor — São Paulo
O dólar comercial deu prosseguimento ao viés negativo observado desde o início dos negócios desta segunda-feira e encerrou o dia em queda de 0,88%, negociado a R$ 5,0329. Na mínima do dia, o dólar chegou a cair a R$ 5,0105, mas se afastou desses níveis no fim do pregão, na medida em que o risco fiscal começa a entrar no foco dos agentes devido à disputa presidencial.
A moeda americana também exibiu queda diante de outras divisas de mercados emergentes, mas o desempenho do real chamou a atenção, ao ser favorecido pelo aumento nos preços do petróleo, ao mesmo tempo em que os agentes financeiros se mostram bastante atentos ao cenário eleitoral.
As taxas dos juros futuros, por sua vez, encerraram o pregão de hoje em alta, em meio ao avanço dos rendimentos dos títulos públicos globais, com os investidores repercutindo os discursos mais duros de autoridades dos principais bancos centrais do mundo e aos temores fiscais relacionados à proposta do candidato Luiz Inácio Lula da Silva de ampliar o Bolsa Família em R$ 150 para cada criança de até 6 anos.
No horário de encerramento da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 marcava 13,15%, de 13,08% do ajuste de sexta-feira; a taxa do DI para janeiro de 2025 avançava para 12,115%, de 11,99%; a do DI para janeiro de 2026 subia a 11,90%, de 11,80%; e a do DI para janeiro de 2027 tinha alta a 11,86%, de 11,78%.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.
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