Para 85%, TSE deveria cassar Michel Temer. Para 89%, eleição direta é a melhor solução em caso de queda do presidente.

     

Michel TemerTemer em ato na segunda-feira 5. Seu mandato é visto de maneira crítica

     

Dados da nova rodada da pesquisa CUT / Vox Populi divulgados em primeira mão por CartaCapital mostram que mais da metade da população brasileira acredita que a vida piorou desde a chegada de Michel Temer (PMDB) ao Palácio do Planalto e que sua renda piorou neste período.

De acordo com os dados do levantamento, 52% dos entrevistados disseram que a vida piorou no último ano, enquanto 38% avaliam que se manteve igual e apenas 9% dizem estar em situação melhor. Do mesmo modo, 56% dos entrevistados na pesquisa afirmam que a renda da família diminuiu neste período, enquanto 39% dizem que ela permaneceu igual. Somente 4% afirmam que a renda da família aumentou.

As informações antecipadas aqui por CartaCapital vão ao encontro dos dados da pesquisa divulgados na segunda-feira 5, segundo os quais 75% da população avaliam o desempenho de Temer como negativo, enquanto 20% dizem ser regular. Apenas 3% classificam a atuação do presidente da República como positiva.

A pesquisa mostrou também que grandes maiorias da população desejam a cassação do mandato do Temer, cujo julgamento começa nesta terça-feira 6 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e eleições diretas para substituí-lo.

De acordo com a pesquisa, 85% dos entrevistados dizem achar que Temer deveria ser cassado pelo TSE "por irregularidades cometidas na campanha dele e de Dilma Rousseff em 2014". Somente 8% dizem que ele não deveria ser cassado e 7% não sabem.

O mesmo levantamento mostrou que 89% dos brasileiros acham que, caso o mandato de Temer seja cassado, uma eleição direta deve escolher o novo presidente. Apenas 5% querem uma eleição indireta e 7% dizem não saber.

A pesquisa foi realizada entre 2 e 4 de junho e ouviu 2001 pessoas em 118 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

         

    

Fonte: Carta Capital, 07 de junho de 2017