A política de preços da estatal entrou em debate em razão dos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis
Por Fábio Couto, Valor — Rio
A coordenação do programa de governo do pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai estudar uma proposta de transição para a saída da política de paridade de preços internacionais da Petrobras, informou hoje a Federação Única dos Petroleiros (FUP). A entidade e a coordenação do programa "Vamos Juntos pelo Brasil", reuniram-se na sede da FUP para debater propostas para o setor de petróleo e gás.
A PPI foi implantada pela Petrobras no governo do então presidente Michel Temer, em 2016, considerando no cálculo a cotação internacional do petróleo, a variação cambial e os custos logísticos para importação. "Haverá uma estratégia consistente, responsável, de transição progressiva para sair do PPI e abrasileirar o preço dos derivados, construindo uma média ponderada do que é importado e do que é produzido no Brasil", disse o coordenador do programa de governo da chapa Lula-Alckmin, Aloizio Mercadante, em comunicado.
A política de preços da estatal entrou em debate em razão dos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis.
Segundo a FUP, esta foi a primeira das reuniões itinerantes organizadas pela comissão Além de Mercadante, participaram do encontro com os petroleiros representantes dos partidos da coalizão PT, PSB, PSOL, Rede, PCdoB, PV e Solidariedade.
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, afirmou que a participação dos investimentos totais da Petrobras na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu de 11% em 2009 para 2,8% em 2021, com base em dados elaborados pelo Dieese/subseção FUP, a partir dos relatórios da petroleira.
Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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