Levantamento mostra ainda que, ainda que muito se fale sobre saúde mental, 65% dos empregados não têm acesso a qualquer iniciativa do tipo
Por Jacílio Saraiva, Valor — São Paulo
Apesar de muitas empresas terem ampliado os cuidados com as equipes na pandemia por meio de ações para a promoção da saúde e do bem-estar físico e mental, o movimento não é amplo.
Levantamento obtido com exclusividade pelo Valor revela que 80% das companhias não monitoraram a saúde dos funcionários no último um ano e meio, e que 62% não pretendem implementar iniciativas de “descompressão” ou engajamento na eventual retomada aos escritórios.
O estudo foi realizado pela Ticket, marca de benefícios de alimentação e refeição da Edenred Brasil, entre agosto e setembro de 2021 com 350 representantes de empresas de todos os portes em 18 estados e no Distrito Federal. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estão na lista. Foram consultados grupos da indústria, serviços, comércio, governo e saúde.
De acordo com o relatório, 71% das companhias já estão atuando de forma presencial ou híbrida. Sobre o investimento em programas permanentes de saúde mental, 65% dos quadros não têm acesso a qualquer iniciativa do tipo e, entre os que são beneficiados, 19% o fazem por meio de plano ou auxílio-saúde e 9% possuem suporte por telefone ou atendimento on-line oferecido pelo empregador.
Dezesseis por cento das organizações ouvidas afirmam que o número de afastamentos por questões de saúde aumentou na pandemia.
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