Por Valor — São Paulo

O desemprego na Itália cresceu em junho, à medida que mais pessoas voltaram a buscar trabalho após a suspensão gradual das medidas restritivas adotadas para combater a pandemia de covid-19.

Dados divulgados nesta terça-feira pela Istat, a agência nacional de estatísticas da Itália, mostram uma alta de 0,5 ponto percentual em junho, o que levou o desemprego para 8,8%, cifra um pouco superior às previsões dos economistas.

Cerca de 46 mil pessoas perderam seus empregos no mês passado, um número menor do que os 83 mil demitidos em maio. Desta vez, as mulheres foram mais afetadas pela perda de vagas, enquanto, entre os homens, houve um saldo positivo de 30 mil vagas geradas em junho.

Assim como em outros países europeus, o desemprego na Itália não cresceu mais por causa de um programa governamental que ajuda empresas a pagar salários de seus funcionários em meio à crise. Cerca de 8,2 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo esquema em junho, segundo a Istat.

Bert Colijn, economista do banco holandês ING para a zona do euro, acha que o desemprego deve crescer consideravelmente na Itália nos próximos meses. Isso deve ocorrer não só pela fragilidade do mercado de trabalho e pela alta nas buscas por vagas, mas também porque muitas pessoas estão com contratos de curta duração.

Quando os subsídios governamentais forem suspensos, Colijn prevê uma nova alta no número de desempregados.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.