Por Mariana Ribeiro, Valor

Questionado sobre o risco de aumento das demissões após o fim do período de vigência dos acordos do BEm, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que o governo trabalha em várias frentes e já está focado no pós-pandemia.

Segundo Bianco, não é possível cravar datas, mas “nos próximos dias” haverá novidades em relação à política de geração de empregos. “Estamos focados nos próximos passos”, acrescentou.

Segundo outro representante do governo, o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, 1,5 milhão de acordos de suspensão de contrato ou redução de jornada e salário foram fechados após o decreto que prorrogou o BEm.

Sobre a possibilidade de uma nova prorrogação do programa, Bianco disse que no momento o desenho atende ao que é considerado “necessário, pertinente e possível”, mas que o governo segue acompanhando o cenário.

Caged

Bianco disse ainda que não vê risco de subnotificação nos dados do Caged. O número de demissões, abaixo das expectativas, surpreendeu parte dos economistas. Segundo técnicos do ministério, não foram observadas oscilações anormais nos registros.

Dalcolmo acrescentou que há “zelo grande pela solidez da base de dados” e que não é preciso “desconfiar de dados positivos”. “Se a economia está reagindo, os dados estão confirmando.”

Sobre a queda da medida provisória (MP) 927, Dalcolmo afirmou que os dispositivos já foram utilizados e os direitos estão preservados. “Em grande medida, a medida provisória atingiu seus objetivos”, disse. Segundo Bianco, o governo está fazendo um estudo sobre as consequências da não votação e tomará medidas se isso for considerado necessário.

(Esta reportagem foi publicada originalmente no Valor PRO, serviço de informações e notícias em tempo real do Valor Econômico)